Caminhos da “Década do Oceano”: Semelhanças e diferenças entre China e Ocidente
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A Conferência das Nações Unidas sobre os Oceanos de 2025 foi realizada entre os dias 9 e 13 de junho, em Nice, na França. Durante o evento, os participantes compartilharam ideias sobre a “Década do Oceano”, buscando caminhos práticos para que a ciência marinha contribua com o desenvolvimento sustentável. Qual é o estágio atual de implementação da iniciativa? E quais são as semelhanças e diferenças entre a China e os países ocidentais nesse processo? Alison Clausen, vice-coordenadora global da iniciativa científica “Década do Oceano” para o Desenvolvimento Sustentável das Nações Unidas, comentou recentemente sobre o tema.

Em dezembro de 2017, a ONU declarou o período de 2021 a 2030 como a “Década do Oceano”. Segundo Clausen, a proposta foi aprovada na Assembleia Geral da ONU, sendo o Comitê Oceanográfico Intergovernamental da UNESCO (IOC/UNESCO) designado para liderar sua execução. O comitê estabeleceu prioridades para o período, incentivando países a se unirem em torno da ciência marinha e sua aplicação.

Desde o início da “Década do Oceano”, em 2021, cerca de 60 programas globais foram lançados em diferentes regiões do mundo, cada um com múltiplos participantes trabalhando conjuntamente para enfrentar desafios urgentes na ciência e no conhecimento sobre os oceanos. De acordo com dados atualizados, aproximadamente 20 mil pessoas já participam desses programas e projetos.

Mais de dez países criaram comitês nacionais da “Década do Oceano”, e esse número continua a crescer. Clausen considera que os resultados dos primeiros cinco anos são muito positivos, e que os próximos cinco ainda trarão grandes oportunidades.

A “Década do Oceano” tem recebido atenção global, com diferentes países atuando segundo os mesmos objetivos, mas por vias diversas. Na visão de Clausen, há mais pontos em comum do que diferenças entre China e países ocidentais. Apesar das distintas capacidades científicas, todos os envolvidos seguem os mesmos princípios ao contribuir com a iniciativa.

As formas de organização variam. O comitê nacional da “Década do Oceano”, por exemplo, tem a função de coordenar os diferentes atores envolvidos e definir prioridades científicas. Clausen explica que, sempre que possível, recomenda-se a criação desse tipo de comitê.

A China participa ativamente da “Década do Oceano”, tendo criado um comitê nacional de alto nível, que funcionou com eficácia, elevando a visibilidade e a importância da iniciativa no país. Outros países adotaram abordagens distintas: o Canadá, por exemplo, priorizou a educação e a conscientização pública sobre os oceanos, com bons resultados. No geral, Clausen afirma que o valor da “Década do Oceano” reside em oferecer princípios comuns em nível global, permitindo que cada país encontre formas próprias de governança oceânica.

Alison Clausen destacou que, ao longo da implementação da “Década do Oceano”, a China liderou diversos programas com ampla participação de especialistas chineses. Além disso, o país foi responsável pela criação de um centro de grande relevância: o Centro de Colaboração da Década para o Nexo Oceano-Clima, das Nações Unidas, instalado na Nova Área da Costa Oeste de Qingdao.

A atuação chinesa, segundo Clausen, tem sido exemplar. Por meio de seus projetos na “Década do Oceano”, a China compartilha conhecimentos científicos, realiza pesquisas inovadoras em ecossistemas marinhos profundos e em sumidouros de carbono oceânicos, além de promover ativamente a importância da ciência e do conhecimento marinho ao público. Com isso, oferece um modelo viável não só para a Ásia-Pacífico, mas também para o mundo.

Para Clausen, as parcerias internacionais são fundamentais para a cooperação global. A “Década” busca promover esse intercâmbio por meio de ações regionais, permitindo que países com desafios diversos participem de um diálogo de colaboração mais ampla.

责任编辑:辰子
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