A Administração Espacial Nacional da China (CNSA, sigla em inglês) informou nesta quinta-feira(24) que a sonda lunar Chang'e-8 está programada para ser lançada por volta de 2029, e levará cargas úteis de 11 países e regiões, além de uma organização internacional como parte da cooperação internacional. Carga útil é o termo usado na ciência espacial para designar instrumentos, equipamentos ou experimentos científicos levados em uma missão.
O anúncio foi feito na cerimônia de abertura do Dia do Espaço 2025 da China, que é celebrado anualmente em 24 de abril.
A missão Chang'e-8 terá como alvo o Planalto Leibnitz-Beta, próximo à região do pólo sul lunar, trabalhando com a anterior missão Chang'e-7 para realizar exploração científica e experimentos de utilização de recursos in loco. Esses esforços estabelecerão bases para a futura Estação Internacional de Pesquisa Lunar.
De acordo com a CNSA, os 10 projetos colaborativos selecionados incluem um robô multifuncional projetado por pesquisadores de Hong Kong; um rover lunar desenvolvido pelo Paquistão e pela Sociedade Internacional para Sistemas de Veículos-Terreno; um rover de exploração feito pela Turquia; e instrumentos radioastronômicos da África do Sul e do Peru.
Os projetos também incluem os conjuntos de retrorrefletores a laser da Itália; o analisador de plasma e poeira e o detector de partículas de alta energia da Rússia; o analisador de nêutrons da Tailândia; o sistema de imagens da superfície lunar do Bahrein e do Egito; assim como o monitor de potencial lunar do Irã.
Shan Zhongde, chefe da CNSA, disse que a China trabalhará em estreita colaboração com parceiros internacionais para alcançar novas descobertas científicas e avanços tecnológicos que, finalmente, beneficiarão toda a humanidade.
A CNSA anunciou em outubro de 2023 oportunidades de cooperação internacional para a missão lunar Chang'e-8, que ofereceu 200 quilos de recursos de carga útil para parceiros globais. Foram recebidas 41 propostas de cooperação no total.