Como a cultura tradicional chinesa revela seu valor universal e contemporâneo em um mundo globalizado?
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Com o tema “Intercâmbio civilizacional e desenvolvimento moderno: o significado global do socialismo com características chinesas”, a segunda edição do Fórum Wuyi foi realizada recentemente na cidade de Nanping, província de Fujian. Durante o evento, Yang Huilin, ex-vice-reitor da Universidade Renmin da China, e Robert Chard, professor emérito do St Anne’s College da Universidade de Oxford e professor visitante do Departamento de História da Universidade de Pequim, discutiram o papel da cultura tradicional chinesa no mundo globalizado, destacando seu significado global e valor contemporâneo.

De Confúcio a Chuang-Tzu, do confucionismo ao taoismo - quando essa sabedoria ancestral chinesa, transmitida ao longo da história, se depara com um cenário internacional conturbado, marcado por conflitos geopolíticos prolongados e mudanças climáticas, será que pode oferecer respostas ao mundo?

“É bem possível que sim”, analisa Chard, estudioso de longa data da história e cultura antiga da China. “A ética chinesa não se baseia em divindades nem em seres sobrenaturais, o que a diferencia da ética ocidental. O conceito chinês de ‘união entre humanidade e natureza’ é, na verdade, uma integração entre céu e terra — uma expressão de respeito pelo mundo e pelo planeta.”

“Por não estar vinculada à religião, a ética chinesa possui valores e um espírito que são mais facilmente aceitos por diferentes grupos”, complementa.

Yang Huilin concorda com a ideia de que o pensamento tradicional chinês tem maior universalidade e aceitação. “Quando enfrentam questões sociais, os chineses costumam adotar dois caminhos interessantes: um é voltar-se para sua própria história em busca de respostas; o outro é buscar abordagens externas e diferentes. O pensamento tradicional chinês contém muitos conceitos fundamentais que são úteis para o mundo, como ‘não faça aos outros aquilo que não quer para si’ e ‘a boa pessoa, quando evolui, ajuda os outros a evoluírem’. Esses pensamentos têm expressões similares na Bíblia, mas, como Chard mencionou, ainda existem barreiras entre diferentes crenças.”

Para enfrentar problemas globais, os valores universais contidos na sabedoria filosófica da cultura tradicional chinesa são especialmente relevantes. Chard observa que o princípio chinês de “reciprocidade como uma norma social” é uma importante contribuição da China ao mundo.

“É preciso ver o outro com atenção”, afirma Yang Huilin. Diante de crises e conflitos em constante transformação, é fundamental compreender adequadamente a ideia confuciana de empatia, bem como os conceitos de “convivência” e “coexistência”.

Segundo Yang, o termo “intercâmbio” entre civilizações não se resume à troca mútua, mas inclui também a comparação e a reflexão, que aprofundam a compreensão de si e do outro.

“O conflito entre civilizações decorre da falta de entendimento mútuo.” Chard observou que muitos estudantes chineses conhecem muito mais sobre a civilização ocidental do que os estudantes ocidentais sabem sobre a China. Os chineses chegam a ter um entendimento mais profundo da história e da filosofia ocidental do que o inverso. Em comparação, o conhecimento dos estudantes ocidentais sobre a China é claramente insuficiente.

Como reequilibrar essa assimetria? Chard responde: “Sempre penso em como compartilhar meu conhecimento sobre a China com o público ocidental, para que conheçam o fascínio do pensamento chinês. Produções como os filmes da série “Ne Zha” e o jogo “Black Myth: Wukong” são ótimos exemplos, transmitindo histórias chinesas por meio da revitalização da tradição. O espírito de justiça presente nas novelas de artes marciais (Wuxia) de Jin Yong também é muito expressivo. Esses valores devem ser incorporados em filmes, jogos e obras literárias, em vez de serem ensinados de forma dogmática, permitindo que o público os absorva naturalmente. Esse é o primeiro passo.”

Yang Huilin concorda: “As obras de Jin Yong contêm, de fato, muita sabedoria tradicional chinesa. Os jovens ocidentais talvez nunca tenham lido o ‘Dao De Jing’, mas podem entrar em contato com a cultura tradicional chinesa por meio dos romances de artes marciais. Isso também é um reflexo do princípio de ‘não-ação’ do pensamento chinês: não significa nada fazer, mas sim não forçar: deixar que tudo aconteça de forma natural.”

责任编辑:辰子
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