“Super-Fã” dos Caracteres Chineses, Joël Bellassen: China e Ocidente são partes de um todo
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A civilização chinesa tem uma longa e profunda história, e os caracteres chineses, um importante elemento que molda as características proeminentes da civilização chinesa, fascinaram inúmeros estrangeiros. O “super-fã” dos caracteres chineses, renomado educador de chinês na França e sinólogo, Joël Bellassen, acredita que os caracteres chineses são o elemento mais representativo da cultura chinesa. Em grande parte, foi o charme dos caracteres chineses que o ligou à língua chinesa por mais de 50 anos. Bellassen analisa a cultura chinesa a partir das características ideográficas dos caracteres chineses, além de explicar a diferença entre as culturas chinesa e europeia, e avança com a ideia de que “China + Ocidente” são partes de um todo.

Na comparação entre as culturas chinesa e ocidental, Bellassen propõe uma visão: a cultura chinesa é uma cultura visual, enquanto a cultura ocidental é uma cultura auditiva.

Objetivamente, os caracteres chineses são os elementos mais representativos da cultura chinesa, totalmente diferentes dos caracteres nas línguas ocidentais. Os caracteres chineses são ideogramas, na maioria compostos (formados pela combinação de partes), contendo ricas informações visuais. Em contraste, os caracteres ocidentais são letras, relativamente simples e limitadas em número. As letras, sendo ferramentas fonéticas, naturalmente formam informações sonoras pertencentes ao domínio auditivo. Portanto, do ponto de vista cognitivo, Bellassen acredita que os chineses tendem a ser mais visuais em seu pensamento, enquanto os ocidentais são mais auditivos.

Consideremos também a ópera chinesa e a ópera ocidental. Quando falamos de ópera clássica ocidental, pensamos primeiro em partituras, música, compositores e características musicais, com ênfase na informação auditiva. A ópera chinesa é diferente. Por exemplo, na Ópera de Pequim, não há partituras ocidentais, e a variedade de música e instrumentos é relativamente limitada, focando principalmente na experiência visual no palco. A música e o palco focam e complementam as ações dos atores, servindo à sua performance.

Além disso, no que se refere à língua em si, o francês é considerado uma das línguas mais bonitas do mundo, com poesias geralmente longas, enfatizando métrica e lógica, com destaque para a técnica auditiva. O chinês, também uma das línguas mais bonitas, tem poesias geralmente mais curtas. E apesar de também enfatizar a métrica, não dá tanta importância à lógica. Sua técnica visual é proeminente, levando à imaginações infinitas. Isso pode estar relacionado às características da escrita chinesa.

No campo das artes, a maior diferença entre a China e o Ocidente é que a China tem a caligrafia, e o Ocidente não. Em outras palavras, a China tem uma arte a mais que o Ocidente, e a caligrafia chinesa é uma arte visual, uma verdadeira arte.

Bellassen acredita que, de certa forma, podemos fazer uma analogia de que a China e o Ocidente são como os dois pólos no diagrama do Tai Chi (Yin-Yang): o todo só existe com a junção dos dois.

A China tem filosofias e pensamentos tradicionais, como o Confucionismo e o Taoísmo, mas, em um sentido estrito, eles têm certas diferenças em relação aos conceitos de pensamento e filosofia que surgiram na Europa. A filosofia ocidental (mais precisamente, a filosofia europeia) nasceu da lógica e da ciência, inseparável da gramática e lógica do grego antigo. Na filosofia clássica ocidental, o conceito central é o “être” francês, mas não há esse conceito no mundo chinês. A tradução chinesa de “existir” não consegue capturar completamente seu verdadeiro significado na filosofia ocidental. O pensamento tradicional ocidental separa o sujeito do objeto, enquanto na China, enfatiza-se a “união entre o homem e a natureza”, onde sujeito e objeto são interconectados.

Além disso, na civilização asiática, incluindo a China, o coletivismo é dominante, e a consciência individual é atenuada. Em contraste, no Ocidente, especialmente na França, embora haja um senso coletivo, o individualismo prevalece. Se os dois pudessem aprender um com o outro, encontrando um equilíbrio entre o coletivismo e o individualismo, não seria uma coisa maravilhosa?

责任编辑:辰子
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