Ryuichi Sakamoto: A harmonia entre estilos musicais do Oriente e do Ocidente
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Tocando em bandas, atuando em filmes, ganhando prêmios... Sob a proteção da sorte e talento, os primeiros 50 anos de vida do compositor japonês Ryuichi Sakamoto narram a história de crescimento de um gênio. Até a meia-idade, ele manteve uma mentalidade de liberdade e despreocupação, com uma criatividade aparentemente ilimitada. No entanto, sendo acometido por câncer duas vezes seguidas, além de mudanças no ambiente social, levaram-o a sair do seu mundo pessoal e usar a música para ajudar a sociedade. Por fim, sua contínua generosidade encontrou retribuição. Ryuichi Sakamoto faleceu em 28 de março deste ano, aos 71 anos de idade.

Inicialmente, Ryuichi Sakamoto queria formar uma banda para se divertir com música eletrônica de vanguarda da época. Foi nessa época que sua aparência distintamente oriental chamou a atenção do diretor japonês Nagisa Oshima. Em 1983, Oshima convidou Ryuichi Sakamoto para interpretar um personagem no filme “Furyo - Em Nome da Honra”.

Foi sua participação nesse filme que permitiu que Ryuichi Sakamoto conhecesse o diretor italiano Bernardo Bertolucci no Festival de Cannes de 1983. Bertolucci também estava fascinado pelo Oriente e frequentemente viajava para a China naquela época, em suas preparações para a realização do filme biográfico sobre Pu Yi, “O Último Imperador”.

Em 1986, Ryuichi Sakamoto foi para a China pela primeira vez como ator, acompanhando a equipe de “O Último Imperador”. Ele visitou Pequim, Changchun e Dalian, e teve a oportunidade única de filmar dentro da Cidade Proibida.

No entanto, ele não tinha muito interesse em atuação, o que o deixava um tanto desconfortável. Foi quando Bertolucci repentinamente pediu sua ajuda na composição de uma música para ser tocada ao vivo pela orquestra durante a cena da coroação de Pu Yi como “imperador” do Estado fantoche da Manchúria. Apesar de ter apenas alguns dias, ele colocou todo o seu coração na composição, e no final, entregou uma música que satisfez Bertolucci.

Em 1988, aos 36 anos de idade, Ryuichi Sakamoto ganhou o Oscar de Melhor Trilha Sonora Original pela sua composição em “O Último Imperador”.

Quando compôs a trilha para o filme, Sakamoto na verdade não entendia de música chinesa. Ele comprou mais de 20 CDs de música tradicional chinesa e incorporou instrumentos chineses como pipa e guzheng na música ocidental. Ao compor a famosa melodia da música tema de “Furyo - Em Nome da Honra”, ele utilizou um método de fusão: a mão esquerda toca uma escala pentatônica oriental, enquanto a mão direita emprega acordes da música ocidental. A trilha sonora teoricamente deveria incluir os sinos natalinos de uma igreja, mas ele os substituiu por um instrumento do Sudeste Asiático chamado gamelão, para criar sintonia com o local onde se passa a história, a ilha de Java. No final, essa composição que combinou culturas orientais e ocidentais comoveu o mundo todo.

Mais de dez anos depois de se mudar para Nova York, em 2001, Sakamoto testemunhou pessoalmente a tragédia de “11 de Setembro”. Ele percebeu de repente que estava dominado pelo medo da guerra. Para aliviar sua ansiedade, ele e alguns amigos compilaram um livro de discursos chamado “No War”, enfatizando que não deve haver nenhum motivo para se iniciar guerras.

A partir desse momento, Sakamoto começou a refletir sobre a forma de se expressar através da música. Gradualmente, seu estilo de composição se tornou cada vez mais não convencional. Em 2002, ele viajou para o Quênia, conhecido como o “berço da humanidade”, para explorar os sons do local onde a humanidade surgiu. Alguns anos depois, ele foi para a Groenlândia e jogou gravadores de áudio em fendas de gelo, captando os sons do derretimento das geleiras, brincando que estava “pescando sons”. Em 2012, ele tocou para os sobreviventes do desastre nuclear de Fukushima, esperando que eles pudessem dormir tranquilos ao som da música.

Enquanto viajava pelo mundo, enfrentou uma série de adversidades. Em 2014, aos 62 anos, Sakamoto foi diagnosticado com câncer de garganta.

Em julho de 2022, ele detalhou sua segunda batalha contra o câncer colorretal, diagnosticado em junho de 2020. Mesmo assim, ele ainda desejou continuar criando música até o último momento de sua vida, como seus admirados Bach e Debussy.

责任编辑:辰子
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