Sinólogo brasileiro Giorgio Sinedino: Por que estou tão interessado em traduzir obras tradicionais chinesas?
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Com o ganho de popularidade das obras literárias chinesas no Brasil nos últimos anos, o número de traduções das obras literárias chinesas para português também ganhou um aumento significativo. Em uma recente entrevista, o sinólogo brasileiro Giorgio Sinedino compartilha sua experiência e o processo de aprender o mandarim e traduzir clássicos tradicionais chineses.

Giorgio Sinedino, sinólogo e tradutor, PhD em filosofia chinesa pela Universidade Renmin da China e mestre na mesma disciplina pela Universidade de Pequim, publicou atualmente três traduções de obras clássicas da literatura chinesa com explicações detalhadas, “Os Analectos”, “Dao De Jing: Escritura do Caminho e Escritura da Virtude com os comentários do Senhor às Margens do Rio” e “O Imortal do Sul da China: Uma leitura cultural do Zhuangzi”, além de dezenas de artigos, cobrindo clássicos confucionistas, vários prefácios do Yiwenzhi, Lanting Xu e pequenos ensaios de Gu Kaizhi.

Em seguida, Sinedino planeja traduzir e publicar “A Arte da Guerra” de Sun Tzu, “O Chamado” de Lu Xun e obras clássicas da literatura chinesa moderna. Entre eles, a tradução para o português de “O Chamado”, de Lu Xun, está prevista para ser publicada no Brasil no próximo ano.

Sinedino comentou que as obras literárias chinesas, especialmente as mais vendidas internacionalmente, estão sendo cada vez mais traduzidas no Brasil e em outros países de língua portuguesa. No entanto, eles geralmente são re-traduzidos de idiomas com alto grau de comunalidade, como inglês e francês, e há apenas um punhado de obras literárias que foram traduzidas literalmente do chinês para o português.

Sinedino acredita que existem atualmente três formas de promover a tradução e divulgação de obras literárias chinesas no Brasil. A primeira é cultivar os leitores interessados em estudos sobre a China. A segunda é traduzir algumas obras chinesas modernas de fácil compreensão para o público brasileiro. Por último, a cooperação entre as universidades do Brasil e da China é incentivada para traduzir, pesquisar e divulgar as obras clássicas da literatura chinesa que possuem valor excepcional, mas não são muito procuradas.

Sinedino também comentou que, nos últimos dez anos, Brasil e China alcançaram cooperação frutífera em diversos campos, com destaque para os intercâmbios culturais cada vez mais próximos entre os dois países, e o aumento do interesse pelo aprendizado do mandarim no Brasil. O Brasil conta atualmente com 11 Institutos Confúcio e 5 Salas Confúcio, o maior número da América Latina. Estes Institutos e Salas Confúcio tornaram-se canais importantes para estudantes brasileiros aprenderem mandarim, onde muitos de seus estudantes chegaram a viajar milhares de quilômetros para estudar na China. Vale mencionar também que atualmente, 57 universidades da China Continental e Macau possuem departamentos de português, cultivando talentos bilíngues luso-chineses de alta qualidade.

Sinedino acredita que a ideia de “harmonia” na cultura tradicional chinesa é rica em conotações, enfatizando equilíbrio e integração, permitindo que ele veja a convivência harmoniosa, pacífica e o desenvolvimento cooperativo entre as pessoas, as pessoas e a natureza, as pessoas e sociedade, e todas as nações do mundo. Pode-se dizer que as soluções que contêm a sabedoria chinesa também enriquecem o conceito de governança global.

责任编辑:辰子
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