O “Dragão” possui dois significados distintos: no Oriente é sinônimo de auspiciosidade enquanto no Ocidente é associado ao mal. Qual é a razão para esta diferença? O texto desta semana aborda o tema “Como romper a diferença da ‘cultura do dragão’ entre o Oriente e o Ocidente, e deixar o mundo conhecer melhor a China?”, através da entrevista exclusiva com Jin Longshou, autor de "A Lenda do Dragão Negro", para explicar a origem histórica e a profunda conotação da “Cultura do Dragão”, como romper as diferenças entre o Oriente e o Ocidente, e interpretar bem o mito do “dragão” chinês.
Os dragões chineses originaram da mitologia e são criaturas místicas espirituais com corpo de cobra, escamas de peixe e chifres de veado. Os antigos acreditavam que o dragão era o deus do vento e da chuva, onde os imperadores da China são também considerados como “descendentes do dragão”. O dragão para o povo significa sorte, luz, sabedoria, moralidade, entre outros.
“Dragão” em inglês possui um significado completamente diferente do dragão em mandarim. A palavra “dragon” em inglês vem do francês antigo “dragon”, que por sua vez vem do latim “draconem”, que significa cobra gigante. Na cultura ocidental, a impressão das pessoas sobre os dragões vem primeiramente da Bíblia, que descreve um grande dragão vermelho, mostrando uma imagem maligna às pessoas, a encarnação do diabo Satanás. Portanto, os dragões são retratados como vilões pela mitologia ocidental.
Além disso, a diferença está na distinta ideologia entre a China e o Ocidente. Devido ao ambiente geográfico e ao desenvolvimento humano, os países ocidentais tendem a demonizar e a malinizar a natureza ou outras forças para demonstrar e realizar o heroísmo individual. Na cultura chinesa, a ênfase está no coletivismo, que é inclusão, benevolência e coexistência harmoniosa.
Jin Longshou acredita que a cultura do dragão está enraizada na excelente cultura tradicional da China e pode ser descrita como onipresente. Em primeiro lugar, o dragão chinês deriva festivais tradicionais e costumes locais. Em segundo lugar, o totem do dragão também é o portador da herança de sua cultura por milhares de anos. Com os profundos intercâmbios entre as culturas chinesa e ocidental, a compreensão da cultura do dragão vem gradualmente ganhando popularidade no Ocidente.
“Devemos nos entusiasmar para melhor divulgar a mitologia chinesa, especialmente sobre a nossa cultura do dragão, apresentando a cultura tradicional chinesa e a nossa história para o mundo, para que todos possam nos conhecer melhor”, afirma Jin Longshou.